A ASES é uma associação de escritores da cidade de Santa Rosa / RS. Fundada em 16 de março de 2001 contribui significativamente para a cultura e a literatura de Santa Rosa e Região.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

INFORMATIVO ASES FEVEREIRO 2010


INFORMATIVO FEVEREIRO 2010

ASES ATUALIZA ESTATUTOS
ASES realiza nesta sexta-feira dia 19 as 18:00 horas em primeira chamada nas dependências do Aroma Café assembleia geral extraordinária para reforma de seu estatuto social. Os principais pontos da reforma são: mandato de dois anos com a possibilidade de uma reeleição; criação do conselho de ex-presidentes; eleição do conselho fiscal de forma autônoma à eleição da diretoria e criação da 2ª vice-presidência. 
Com esta reforma visa-se a dinamizar os trabalhos da entidade e adequar nossos estatutos a legislação estadual e nacional.
COLETÂNEAS "EXPRESSÃO LIVRE" E "TERRA, GRÃOS E PERSPECTIVAS"
Prorrogado até sexta-feira 19 o recebimento dos textos para as coletâneas que a ASES estará lançando no primeiro semestre de  2010. O lançamento da coletânea EXPRESSÃO LIVRE será dia 18/04/2010 durante abertura da 6ª Semana Mundial do Livro a tarde no parcão com distribuição gratuita. 
SARAU CULTURAL "EXPRESSÃO LIVRE"
Será realizado no dia 23/04/2010 a partir das 20:30 um Sarau Cultural nas dependências do do teatro SESC com participação de escritores, poetas, artistas plásticos, músicos e outros do meio cultural santa-rosense. Quem tiver algum número e quiser apresenta-lo entrar em contato pelo e-mail ases.rs@gmail.com ou 55-91654219 para que seja incluído no programa do Sarau Cultural Expressão Livre.
POETA DO MÊS
A partir deste mês a cada informativo estaremos destacando alguns dados biográficos e algo da obra de um poeta ou escritor como forma de homenagem, divulgação e inspiração. Estamos aceitando sugestões para os próximos informativos.
Chacal
Ricardo de Carvalho Duarte
(Rio de Janeiro RJ 1951)
Publicou seu primeiro livro de poesia, Muito Prazer, Ricardo, em 1971. No ano seguinte colaborou na revista Navilouca e publicou seu livro/envelope Preço da Passagem. Passou a integrar, em 1975, a coleção literária Vida de Artista, com Cacaso, Eudoro Augusto, Francisco Alvim, entre outros; ainda em 1975 foi lançado seu livro América. De 1976 a 1977 foi integrante do grupo Nuvem Cigana, com Bernardo Vilhena e Ronaldo Bastos, entre outros poetas. Formou-se bacharel em Comunicação pela UFRJ em 1977. Entre 1978 e 1983 foi co-autor das peças teatrais Aquela Coisa Toda, com o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone e Recordações do Futuro, com o grupo Manhas & Manias. Na década de 1980 trabalhou como cronista do Correio Brasiliense e da Folha de S. Paulo, além de roteirista da TV Globo. Nos anos de 1990 foi produtor do Centro de Experimentação Poética - CEP 20000, da Rioarte, coordenador de oficinas de poesia na UERJ e no Parque Lage e editor da revista O Carioca. Sua obra poética inclui Nariz Aniz (1979), Boca Roxa (1979), Comício de Tudo (1986) e Letra Elétrika (1994). O poeta Paulo Leminski afirmou sobre a obra de Chacal, que é de tendência contemporânea: "A palavra 'lúdico' é a chave para a poesia de Chacal". Leminski também via nos poemas de Chacal a presença  "da Poesia Concreta, das letras de música popular, do mundo industrial e urbano que se abateu, irremediavelmente, sobre nós."

Papo de Índio
Veiu uns ômi di saia preta
cheiu di caixinha e pó branco
qui eles disserum qui chamava açucri
aí eles falarum e nós fechamu a cara
depois eles arrepitirum e nós fechamu o corpo
aí eles insistirum e nós comemu eles.


Reclame

se o mundo não vai bem
a seus olhos, use lentes
... ou transforme o mundo.
ótica olho vivo
agradece a preferência

20 anos recolhidos
chegou a hora de amar desesperadamente
apaixonadamente
descontroladamente
chegou a hora de mudar o estilo
de mudar o vestido
chegou atrasada como um trem atrasado
mas que chega

Ai de mim, aipim.
ai de mim, aipim.
ô inhame, a batata é uma puta barata. deixa
ela pro nabo nababo que baba de bobo. transa
uma com a cebola.
aquele hálito? que hábito! me faz chorar.
então procura uma cenoura.
coradinha, mas muito enrustida.
a abóbora tá aí mesmo.
como eu gosto de abóbora.
então namora uma.
falô. vou pegar meu gorrinho e sair poraí pra
procurar uma abóbora maneira
té mais, aipim
té mais, inhame

Na porta lá de casa
Na porta lá de casa
tem dizendo lar romi lar
uma bandeira de papel
na porta lá de casa
as crianças passam
e se atiram no chão
e se olham por dentro
das bocas das palavras
na falta de qualquer espelho
na porta lá de casa
passa o amor o calor
de cada um que passa
na porta lá de casa.

Ponto de bala
os mortos tecem considerações
os tortos cozem quietos
as crianças brincam
e bordam desconsiderações

Prezado Cidadão
Colabore com a Lei
Colabore com a Light
mantenha luz própria.

Primeiro eu quero falar de amor
meu amor se esparrama na grama
Meu amor se esparrama na cama
meu amor se espreguiça
meu amor deita e rola no planeta.

Rápido e Rasteiro
Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
aí eu paro
tiro o sapato
e danço o resto da vida


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